Entrevista com Wesley D'amico a arte de Mombuca para todo o Brasil

Menor pintura da bandeira do Brasil

De Mombuca uma cidade do interior do estado de São Paulo Wesley D'amico é um artista plastico que tem mostrado sua arte de forma inusitada, quebrando peças, queimando quadros e.. fazendo o quadro que não pega fogo, ou melhor ainda a menor bandeira do Brasil já pintada a mão. Um destes muito tesouros que o Brasil tem revelado e que tenho o prazer de entrevistar

Wesley viver de arte é possível no Brasil?

Wesley D'amico: Claro que sim, em um País que as pessoas enfrentam fila para comprar um Iphone.

Qual a maior barreira pra você viver de arte em sua cidade?

Wesley D'amico: Dinheiro as pessoas tem, elas gostam do meu trabalho, tenho um bom carisma ao atendê-los e faço o possível para agradar, mas não compram, não é a cidade, é a capacidade de não valorizar.

Quando começou seu interesse pelas artes?

Wesley D'amico: A arte se interessou por mim, nunca imaginei fazer arte um dia.
Desde pequeno sempre fui curioso e criativo, desenhava casinha enquanto outros rabiscavam, mas nunca tive a oportunidade de poder estudar, ou expressar minhas minhas criações, mas no ano de 2009 um cliente que passeava por aqui, vindo de São Paulo quebrou seu automóvel e o ajudei, e ele vendo meu trabalho me disse, “Wesley sai dessa vida”...e me deu um emprego na avenida paulista em são paulo. Mas não pude aceitar porque a cultura do meu pai é diferente. Então parei a oficina e comecei a se dedicar a minha vida, e ganhei um livro chamado o Voo do Búfalo, e foi ai que comecei a buscar outras areas, sai da oficina, montei uma fundição com os requisitos mais básicos e depois fiz um curso de joalheria, e depois comecei a cortar lenha, e foi assim que apareceu um senhor e me ofereceu um emprego aqui mesmo para fazer bancos para jardim e acessórios para jardim, e as peças ficavam expostas e chamava a atenção das pessoas, foi ai que apareceu uma cliente com uma revista de um quadro de borboleta, era uma fortuna, o preço desse quadro dava para pagar o que Eu fazia no mês todo, resolvi fazer o quadro para esta senhora, e foi assim que abandonei todas as outras profissões. E vi que era capaz de fazer o que as pessoas encomendasse.

Demorou muito para se aceitar como artista?

Wesley D'amico:(13) anos e ainda não me aceito, tenho medo de ser aceito um dia e de ser valorizado. Passei por tempos onde doando telas tenho que pagar o frete. 


Quais as possibilidades as artes tem aberto pra ti?

Wesley D'amico:Viver e poder ver as estrelas, poder acordar e não escutar o barulho do mundo e poder se afastar das pessoas que sopram meu castelo de areia, agora só falta dinheiro para Eu viver em um mundo colorido. 

Com quantas artes você trabalha no dia de hoje?

Wesley D'amico: Arte digital, escultura de madeira e concreto, arte em miniatura, escultura em resina, pintura em tela e painel, gravura, mas só trabalho com tantas porque não vende, assim tenho que me esforçar para aprender novas artes e rezar para vender.


O que você espera de sua vida artistica?

Wesley D'amico: Como toda outra profissão, ser respeitado e valorizado.

Quando você começou sua carreira?

Wesley D'amico: Em 2009 aproximadamente, não lembro.

Qual a sua identidade nas artes, que as pessoas veem e diz: é o Wesley?

Wesley D'amico: Isso é muito importante, muito mesmo, Eu fazia de tudo, moveis, armários, tudo artesanal, e único, e fazia muitas telas, muitas mesmo, um dia um senhor de Olinda, veio me visitar e me disse: Qual sua identidade? Eu não soube responder, porque tinha muita coisa e confundia o cliente, hoje só trabalho para isso, atingir uma arte que me identifique, ainda meus micro quadros não me identificaram, e nem as telas que resistem ao fogo, e os labirintos, mas isso é também um conjunto de fatores, um ex: uma amiga me liga da casa de paria alugada e me diz que tem uma arte minha lá...eu dei risada, porque não vendi nada para alguém tão distante, mas ela falou que tinha minha assinatura, pois não acreditei e só vendo uma foto, era um ramo de flor de 2 metros, mas não sei como foi parar lá, e outra um amigo veio e falou quero essa tela porque vi uma tela sua em uma casa linda em um condomínio fechado. Então estou sendo identificado graças a Deus por meu Nome e pela arte. Ja chegou a acontecer de uma cliente dizer que viu uma arte minha e a arte não era, e outro disse que viu minhas mesas em uma lanchonete rustica e não era.

Você é ou já foi impedido ou recriminado em pensar em fazer arte?

Wesley D'amico: Sim, ate agora, sou um vagabundo que quer coisa fácil, um cara vendo meu vídeo da performance quebrando a escultura disse que cortar lenha o bonitinho não quer, mau sabe ele que comecei cortando lenha e fazendo esculturas com moto serra, meu cliente tem uma poltrona feita de troco de arvore de remanejamento ate hoje. (Madeira de Eucalipto).


Você pintou um quadro que pega fogo, a menor bandeira do Brasil, ainda existe mais ideias criativas pra algo mais ousado?

Wesley D'amico: Fazer uma maquina de dinheiro, a maquina já fiz que é minhas artes, só falta um cliente que valorize. Brincadeira...tenho só mais uma, uma mandala de prata. Acho não farei coisas novas, pois tenho essas gravuras que são tiragens de 100 unidade e continuarei a fazer as telas cor e vida.

Se alguém quiser adquirir e comprar suas obras de arte como ela faz?

Wesley D'amico: Hoje não será possivel, não sei os valores, não vou vender a 50 reais as telas e nem caio nessa de calcular o quanto eu gastei para fazer, um ex: é a bandeira do brasil e as menores telas do brasil, quanto vou cobrar por algo inusitado? E quanto vou cobrar por algo que não pega fogo? Vou aguardar a resposta da mídia, e conversar com alguém que entenda de valores, pois os valores sobem a cada instante que se fala sobre ela.

Se uma prefeitura quisesse uma obra de arte sua, como fazer?

Wesley D'amico: Simples, adquirir em conjunto que ambos os lados fiquem feliz.

Sobre público, você acha difícil o público parar pra admirar a arte?

Wesley D'amico: Sim, já fui no metro de São Paulo e não vi ninguém parado admirando, as pessoas só admiram aquilo que outras pessoas lhe dizem que é bom.

Qual a importância das mídias sociais para divulgação da sua arte hoje?

Wesley D'amico: Tudo, total, as mídias agregam valor, as pessoas compram o iphone porque bom ou porque a mídia é total...um lanche...um relógio...uma roupa...já vi quadros de Tarsila exposto sem nenhum segurança, é porque esse a mídia não o fez uma arte milionária. A mídia faz o que a arte quer ser. Um conjunto, corpo e alma.


Caso alguém queira fazer uma exposição com tuas obras, quais os canais de comunicação ela pode entrar em contato contigo?

wesleydamico@gmail.com

https://www.facebook.com/wesley.damico
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Coletivo Cultural Rio da Prata lançará livro dia 10/12


Lançamento do livro "Perfil Poético" dia 10 de dezembro à partir das 18h, no Largo do Rio da Prata, no Bar e Restaurante Sardinha Com Pimenta.

Estão presentes no livro em forma de homenagem: Bruno Silva, Caroline Rodrigues, Elaine Marcelina,Wanderson Pereira Machado,Graciano Caseiro, Creuza Reis, Marta Rodrigues,Katia Pires Chagas, Tapyr de Mello,Rita Carreiro M. Caseiro,Elen Consino Ribeiro,Historiador Francisco Alves 



Além de: Banda DSD; Caravana da Ousadia Literária; Os Descabelados; Bom dia Poesia; Conversa Com Verso; Revirando o Baú; Vida Feliz.
Todos em prol da Cultura na Zona Oeste.



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A influência da música no paciente em tratamento oncológico

O paciente oncológico e sua
Musica preferida.

Autoria: Laís Vieira Lima- Enfermeira Oncológica

O paciente oncológico é um ser humano possuinte de um conjunto de fatores igual a todos os seres humanos, o que difere um paciente em tratamento oncológico para um ser de vida que não vivencia esse mesmo processo, é o diagnóstico que ele está guerreando contra.

Não somos imunes ao desenvolvimento do câncer, somos seres possuintes de células e fatores de risco externos que a qualquer momento pode ocasionar o desenvolvimento do mesmo.

E o que a musica pode interferir no tratamento do ser?

- A musica preferida, resulta em um astral contagiante, florescendo tanta vida, que olhamos para aquele ser de vida vivenciando uma rotina tão cheia, ao cantar sua musica predileta, o processo de algias não se isenta, mas é amenizado.

Tenho uma paciente do coração que faz tratamento contra câncer de mama, e por causa do uso constante de hormonoterapico causou desgaste ósseo e ela sente dores, mas vai colocar um Axé , ela dança, ela canta, ela se envolve naquela esfera de luz e sente as dores de forma diminuta.

A musica preferida do paciente oncológico faz toda a diferença em seu tratamento, seja um tom, um som, em pról do bem estar fisíco e mental desse ser que lida diariamente com este carnaval de sintomas.

A música tem o poder de provocar a concentração, o ritmo envolve o corpo, o tratamento oncológico é complexo, é doído, é cansativo, mas quando a humanização vem em forma das músicas prediletas, a dor não se esvai, mas é diminúida, acalmando a alma e estabilizando o corpo , retirando o excesso de tensão.

Seja qual for a música, sendo a preferida do paciente oncológico, pode ter a certeza que o processo do cuidar será de mais fácil acesso , o vínculo entre profissional e paciente aumentará.

Tenho uma outra paciente do coração que na fase da quimioterapia, ela se sentia muito mal, mas sempre ao conversar com ela no telefone, eu dizia uma palavra e ela lembrava das musicas de Amado Batista e cantava muito, ela se sentia bem e depois eu ouvia uns risos com gargalhadas, pois ela lembrava dos shows e da época que ela dançava ao som de Amado Batista,  aquele momento as reações da quimioterapia eram dimínuidas, ela se distraía, ela se sentia bem.

É encantador o poder e o encanto do ritmo e da ligação do ser humano com as ondas sonoras, o alívio de dor é proporcionado.

A qualidade de vida não é somente aplicar procedimentos específicos mas concomitantemente com terapias alternativas, pois precisa desse elo para alcançar essa diminuição de sintomas, mesmo que não alcancemos a cura, vamos alcançar a amenização da dor nesse trilhar , proporcionando aumento de qualidade de vida em seus dias.
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